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Depois de dizer que vetaria o aumento do fundo eleitoral, aprovado pelo Congresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou atrás e afirmou que vetará apenas o que chamou de “excesso”.

Nesta 2ª feira (26.jul), em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro respondeu a um simpatizante que desejou “parabéns ao presidente por vetar os R$ 6 bilhões do fundão”. “Deixar clara uma coisa: vai ser vetado o excesso do que a lei garante, tá? Quase R$ 4 bilhões o fundo. Se eu vetar o que está na lei, eu tô incurso em crime de responsabilidade”, disse o chefe do Executivo.

Em 15 de julho, deputados e senadores aprovaram a LDO, prevendo um valor para o fundo eleitoral três vezes maior que o atual, subindo o orçamento para campanhas políticas de cerca de, R$ 2 bilhões para aproximadamente R$ 6 bilhões.

Em entrevista à Rádio Nacional, Bolsonaro disse que não sancionaria o trecho. Depois, pelas redes sociais, afirmou que não aprovaria o aumento “em respeito ao povo brasileiro”.

Na conversa desta 2ª, o presidente não explicou como pretende retirar apenas parte do valor, uma vez que, via de regra, ele pode apenas sancionar totalmente ou vetar totalmente o que foi aprovado pelo Congresso. Ainda que mantenha o montante em R$ 4 bilhões, seria um aumento de 100% em relação ao aprovado para verbas de campanha no último ano.

Também aos apoiadores, Bolsonaro pediu que não fosse criticado pela medida: “Espero não apanhar do pessoal aí como sempre. Se o pessoal começar a bater muito, vão escolher no segundo turno Lula ou Ciro”.