Por: DB

No final do quinto mandato, o prefeito Fernando Gomes parece enfrentar uma enésima batalha judicial para disputar novamente o comando da Prefeitura de Itabuna. Ele anunciou que se filiará ao PTC (Partido Trabalhista Cristão) na próxima segunda-feira (2). Mas, como a 1ª Vara da Fazenda Pública reiterou ontem (27) a inelegibilidade do gestor, o “hexa” tão defendido pelos correligionários fica, no mínimo, distante.

Assinada pelo juiz Ulisses Maynard Salgado, a sentença cassa os direitos políticos de FG por três anos. Embora a defesa tenha considerado nulidade processual da certidão de trânsito em julgado, não teria sido cumprido o prazo para envio de tal recurso. Segundo documentos dos Correios, foi perdido prazo para recorrer da decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal devido a um erro no endereço do destinatário, no dia 25 de outubro de 2019.

Dr. Ulisses Salgado anotou que fora devolvida a correspondência em 1º de novembro e os advogados de FG não teriam feito uma “segunda remessa da correspondência”. “Em outras palavras, não se trata de admissibilidade daquele recurso, mas de sua inexistência”, sustentou, sobre o prazo final de 5 de novembro passado.

De tio pra sobrinho

Ao tempo em que os imbróglios judiciais acontecem, Fernando é filmado até na avenida Beira Rio, acompanhado do sobrinho, abordando empresários durante o bom e velho Cooper. Caso não haja mesmo possibilidade de ser candidato, ele tem como “plano b” levantar a bandeira do sobrinho Son Gomes. Este deverá pavimentar o caminho se filiando ao PRB do bispo Márcio Marinho.

Um primeiro movimento já articulado para a chegada da turma evangélica ao grupo do prefeito seria a indicação do ex-secretário de Assistência Social José Carlos Trindade para a presidência da FICC (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania). Ele assumiria o lugar de Daniel Leão, apontado como amigo de “longa data” do gestor.